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A manif, a ministra e os validos

Que se pode dizer quando bem mais de metade dos professores portugueses sai à rua para reclamar das politicas da Ministra da Educação? Provevelemnete haverá que reconhecer que algo está mal. Embora Augusto Santos Silva possa argumentar que os burros são eles. Que Emidio Rangel usa a tribuna do Correio da Manhã para distribuir vitupérios sobres os professores. Que o João Tunes ache uma "vil tristeza fazer-lhes a vontade". Ou que Vital Moreira recupere as teses da Maioria Silenciosa

Comentários

Anónimo disse…
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De Frost a Seeger

Recentes citações de um amigo vieram recordar-me um autor que já não lia há coisa de três décadas: Robert Frost. Acudiu-me à memória um poema que me marcou, "On a Tree Fallen Across the Road", uma alegoria sobre as surpresas que a vida nos reserva e a nossa capacidade de as superar And yet she knows obstruction is in vain: We will not be put off the final goal We have it hidden in us to attain, Not though we have to seize earth by the pole E como os pensamentos são como as cerejas, o poema de Frost levou-me de imediato à canção de Pete Seeger que se tornou num dos hinos mais fortes do Movimento dos Direitos Civis nos Estados Unidos dos anos 60. Com a diferença - essencial! - de que aqui a mensagem já não é individual mas colectiva: "we shall overcome, some day"

Vemo-nos gregos para pagar

O Manel dava voltas e mais voltas na cama, sem conseguir dormir. A Maria, impedida de dormir pelas voltas do marido pergunta-lhe: "Atão Manel, que se passa homem?", "Ai mulher, amanhã vence a letra de 500 contos ao vizinho Alberto e eu não tenho dinheiro para lhe pagar." "Ai, então é isso?", responde-lhe a Maria. "Pera ai que eu já resolvo o problema." A Maria levanta-se e, após alguns minutos, volta decidida: " Vá Manel, já podes dormir descansado!", "Então Maria??!!", "Olha fui bater à porta do vizinho e dizer-lhe que não tens dinheiro para lhe pagar, agora quem não dorme é ele!" Vale tudo para dobrar a escolha de um povo. A ameaça, a chantagem, a tentativa de suborno. Habituados a yes-men subservientes os DDTs europeus espumam de raiva com os resultados das eleições gregas. Para esta gente a democracia só é válida quando os povos votam de acordo com os seus desejos. Para a corte da Sra Merkel a verdadeira votação ...

Puta que pariu!

A graçola boçal do nosso PM em resposta a uma invectiva do deputado Louçã, parece estar a gerar uma espécie de mini-tornado na cena politica. As posições extremam-se entre os que acham ser legitmo tais desabafos e aqueles que consideram completamente desajustado tal comportamento Diga-se desde já que nunca simpatizei com o estilo "tele-evangelista" de Francisco Louçã. Mas será legitimo a um Primeiro Ministro responder a um deputado - a qualquer deputado - com tamanha dose de sobranceria? E não se diga que mais uma vez a culpa é da comunicação social, apostada em aproveitar todas as tiradas do nosso PM Nem se diga que foi um desabafo, um deslize. Afinal estamos a falar de José Sócrates, o mestre da dissimulação e da postura estudada. Quem já viu uma entrevista do homem sabe do que estou a falar. Este é ohomem que, numa anedota que me contaram um destes dias, sairia dos destroços fumegantes do avião do presidente da Polónia, com o fato impecável e a declarar que a notícia do a...