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Mensagens

A mostrar mensagens de julho, 2007

Diz que é uma espécie de insulto

A Ministra dá como provado que o prof. insultou o PM, mas resolve arquivar a coisa, concluindo que "a aplicação de uma sanção disciplinar poderia configurar uma limitação do direito de opinião e de crítica política". Nada que tanta gente não tenha já dito antes... Passando por cima do facto de, para uma parte do BPP, tal decisão poder configurar uma clara cobardia política, resta analisar a questão adusida no despacho, de o "insulto" ser, não ao superior hierárquico directo mas sim ao PM. Será que, com base neste original argumento, se pode insultar o PM mas não a sra. Ministra? E ao PR já pode? E se se der o caso de o insultado ser o contínuo do Ministério? Fica de qualquer forma o recordo para o sr. governador civil de Braga que mandou indenticar manifestantes precisamente por "insultos" ao PM. Também não se sabe muito bem como fica, no meio disto tudo, a sra. DREN. Provavelmente a melhor saída seria demitir-se. No estado de direito rosa provavelment

Big Brother

Uma das novas medidas anunciadas para a escola do futuro é a videovigilância e o cartão electrónico. Sem deixar de apontar, mais uma vez, as vertentes positivas do projecto, não deixo de me preocupar com algumas questões, eliminadas certamente como secundárias pelos governativos. Por um lado a videovigilância, especialmente na sua vertente interna, agora não referida. Esta questão tem vindo repetidamente à baila sendo quase sempre chutada para canto. No entanto está em cima da mesa especialmente naquelas escolas consideradas problemáticas. Pela minha parte considero profundamente errada a instituição da videovigilância dentro das escolas, sistema que apresentando aparentemente vantagens práticas, mais não faria do que fazer passar a toda uma geração a "normalidade" de tal conceito. Caminho aberto para um futuro orwelliano. Da mesma forma a questão do cartão electrónico. A tendência actual é para a utilização de cartões com tecnologias RFID. Ora é esta mesma tecnologia, com

Realidade Virtual

A apresentação da nova coqueluche socrática - a saula de aula do futuro - contou com a participação de figurantes. Os alunos que participaram na encenação cuidadosamente realizada foram, segundo o Público , contratados por uma agência de casting e pagos a 30 euros a cabeça. Uma situação considerada pela própria Ministra da Eucação como "perfeitamente normal" Será exagerado concluir que mais do que a apresentação de um programa que tem óbvias qualidades se tratou de uma acção de propaganda, para "português ver"?

Em bicos de pés

Depois de anos de ausência, Marques Mendes resolve de novo acolher-se aos braços abrangentes de Alberto João. Segundo o inefável Jaime Ramos, secretário geral do PSD Madeira, a presença é feita a pedido do próprio Marques Mendes e assim a modos que "tolerada" pelas hostes insulares. Calro que nada disto tem qualquer coisa a ver com a proximidade das "directas" laranja.

Sinal dos tempos

"Consideram, assim, estas quatro Confederações Patronais ser este o momento oportuno para exporem o quadro que entendem dever resultar da projectada revisão da legislação laboral e que consideram ser crucial para a competitividade e viabilidade do tecido empresarial em Portugal." A proposta das confederações patronais ( CAP, CIP, CCP e CTP ) é simplesmente obscena. Querem estes senhores, entre outras bagatelas, admitir a possibilidade de despedimentos sem justa causa ou até por motivos políticos e ideológicos, eliminando da Constituição as limitações aos mesmos. A proposta destes senhores pretende varrer de uma só penada alguns dos direitos mais fundamentais dos trabalhadores transformando-os em meras peças de uma qualquer engrenagem produtiva. Afinal serão esses tais direitos os responsáveis últimos pela falta de competitividade da economia nacional. O que não deixa de ser curioso atendendo ao resultado de um estudo recente, realizado pela Mckinsey junto de quatro mil emp

É assim

"A verdade vos fará livres", Jo 8, 32 Recebi hoje o livro da Zita e a "Visão" que fala do mesmo. Por falta de tempo ainda não comecei a ler nem um nem outro. Mas não consegui resistir a abrir o livro. E vi apenas a citação do Evangelho. E logo me assaltaram umas impressãoes pouco agradáveis. A primeira, quiçá peconhenta como o Inimigo, foi a reminiscencia que a citação truncada de S. João me trouxe. Por retorcidos pensamentos evoquei a triste divisa "Arbeit macht frei". A pensar assim fica-se sem vontade de entrar no livro, e far-se-à como quem entra num campo de concentração. Mas não vou por aí. A forma da citação evoca também uma cultura católica, resquícios prováveis de uma antiga educação religiosa ou talvez de uma mais recente familiaridade com o meio. Também pouco importa. O mais grave de tudo é a retirada da frase do restante contexto. Tinha a vaga ideia ( sim também eu "padeço" de uma antiga formação católica! ) de que a frase completa