"A verdade vos fará livres", Jo 8, 32
Recebi hoje o livro da Zita e a "Visão" que fala do mesmo. Por falta de tempo ainda não comecei a ler nem um nem outro.
Mas não consegui resistir a abrir o livro. E vi apenas a citação do Evangelho. E logo me assaltaram umas impressãoes pouco agradáveis.
A primeira, quiçá peconhenta como o Inimigo, foi a reminiscencia que a citação truncada de S. João me trouxe. Por retorcidos pensamentos evoquei a triste divisa "Arbeit macht frei". A pensar assim fica-se sem vontade de entrar no livro, e far-se-à como quem entra num campo de concentração. Mas não vou por aí.
A forma da citação evoca também uma cultura católica, resquícios prováveis de uma antiga educação religiosa ou talvez de uma mais recente familiaridade com o meio. Também pouco importa.
O mais grave de tudo é a retirada da frase do restante contexto. Tinha a vaga ideia ( sim também eu "padeço" de uma antiga formação católica! ) de que a frase completa do Mestre continha um sentido diferente do que Zita parece querer dar-lhe.
Fiu ver, para meu descanso e para descanso dos meus estimados leitores, assim poupados a compulsar as Escrituras. Diz Jesus ( Jo 8, 31-32 ): "Se permanecerdes constantes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos e conhecereis a verdade, e a verdade tornar-vos-à livres". Algo subtil mas claramente diferente do excerto usado.
É assim com um pé atrás - mas espírito aberto - que dou início à leitura do livro.
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