A prática do PS, do seu governo e do seu primeiro-ministro José Sócrates, aproxima-se cada vez mais da prática mais ortodoxa do centralismo democrático. Na sua vertente mais centralista que democrática, e ao bom velho estilo PCP, as ideias e projectos são discutidas numa perspectiva exclusiva de cima para baixo. Os princípios são apresentados pelo líder e não são, no seu essencial, discutíveis pelos subordinados. Poderão, quando muito, ser alvo de crítica no que aos pormenores concerne.
Assim é com a Ota, mas também com o TGV, as reformas da Saúde, da Educação, da Administração Pública, entre tantos outros. Postulada a solução, esta é apresentada como saída única, os adversários denunciados como contra-revolucionários - ou no caso, contra-reformadores -, as objecções identificados como incompreensões da genialidade subjacente.
Por outro lado temos as denúncias de "desvios fraccionistas". Assim foi com Manuel Alegre, assim é com Helena Roseta, assim será com quem ousar levantar a voz contra a "linha oficial" do chefe. Queimados na praça pública, submetidos uns, expurgados, por livre vontade ou não, outros.
Sinal dos tempos é também o episódio rocambolesco da DREN. Mais do que um caso isolado de um comisário político com excesso de zelo, esta situação é bem ilustrativa da mentalidade que insidiosamente se foi instalando no Estado e na Sociedade. A coisa só é possível por, na cabeça da Sr. Directora, se ter enraizado a noção de que tal atitude agradaria ao chefe e que não seria penalizada por te-la tomado. As primeiras tomadas de posição da Ministra e do grupo parlamentar do PS, parecem indiciar que de certa forma a sra. tinha razão. Provavelmente, e por via do incómodo causado, a sr.ª será sacrificada. Mas o mal está feito.
Assim lá vamos "cantando e rindo" para uma espécie de Estado Novo democrático, orientado por um novo Salvador da Pátria, desta vez escolhido livremente pelo lusitano povo. O mesmo povo que escolheu como o "maior português de todos os tempos" o ditador de Santa Comba.
Assim é com a Ota, mas também com o TGV, as reformas da Saúde, da Educação, da Administração Pública, entre tantos outros. Postulada a solução, esta é apresentada como saída única, os adversários denunciados como contra-revolucionários - ou no caso, contra-reformadores -, as objecções identificados como incompreensões da genialidade subjacente.
Por outro lado temos as denúncias de "desvios fraccionistas". Assim foi com Manuel Alegre, assim é com Helena Roseta, assim será com quem ousar levantar a voz contra a "linha oficial" do chefe. Queimados na praça pública, submetidos uns, expurgados, por livre vontade ou não, outros.
Sinal dos tempos é também o episódio rocambolesco da DREN. Mais do que um caso isolado de um comisário político com excesso de zelo, esta situação é bem ilustrativa da mentalidade que insidiosamente se foi instalando no Estado e na Sociedade. A coisa só é possível por, na cabeça da Sr. Directora, se ter enraizado a noção de que tal atitude agradaria ao chefe e que não seria penalizada por te-la tomado. As primeiras tomadas de posição da Ministra e do grupo parlamentar do PS, parecem indiciar que de certa forma a sra. tinha razão. Provavelmente, e por via do incómodo causado, a sr.ª será sacrificada. Mas o mal está feito.
Assim lá vamos "cantando e rindo" para uma espécie de Estado Novo democrático, orientado por um novo Salvador da Pátria, desta vez escolhido livremente pelo lusitano povo. O mesmo povo que escolheu como o "maior português de todos os tempos" o ditador de Santa Comba.
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