Avançar para o conteúdo principal

A indiana que nao sabia o Hino e a Bandeira do Expresso

O Tribunal da Relação de Lisboa, em mais uma douta decisão, negou a concessão da nacionalidade portuguesa a uma indiana que, para além de aparentemente cumprir com as exigencias legais aplicáveis, não sabia nem letra nem música do hino nacional.

Pela minha parte fico agradecido ao meu velho professor de Canto Coral que, há mais de 30 anos, me armou desse instrumento imprescindivel à minha qualidade de Lusitano. A esmagadora maioria da lusitana gente agradecerá ao um tal de Scolari que, se não ganhou o Euro 2004, pelo menos pôs este pessoal todo a cantar o hino - é a "A Portuguesa" não é? chama-se assim certo?!

O mal da indiana foi afinal não se interessar por futebol... Coisa de lesa-pátria, convenhamos!

Enquanto isso, e por falar de simbolos nacionais, o Expresso do fim-de-semana resolveu "oferecer-nos" um estandarte pátrio. Mas, como não há "free lunches" ( passe o não uso de pátrios vocábulos! ), aquela rapaziada do "Expresso" e do BES achou uma excelente ideia manchar um canto da bandeira com os respectivos logotipos.

A minha professora primária ensinou-me - já lá vão mais de 30 anos! - que isto da bandeira é coisa a tratar com respeitinho, que não deve ser maltratrada, rasgada, pisada ou riscada com quaisquer adizeres.

Mas enfim, isso era no tempo em que se sabia o hino: letra e música!

in TSF Online

Comentários

Mensagens populares deste blogue

BullyinGR

"I care not what puppet is placed upon the throne of England to rule the Empire on which the sun never sets. The man who controls Britain's money supply controls the British Empire, and I control the British money supply."  Nathan Mayer Rothschild, 1815 Dita há exactamente dois séculos atrás pelo funding father do capitalismo global, esta é hoje mais do que nunca a máxima dos gurus grandes e minúsculos da chamada economia liberal e das leis dos "mercados". Os serventuários do grande capital encaram a democracia como o melhor sistema sempre e quando sejam eles ou os seus amigos a ganhar. Para esta gente, um governo que, ainda que de forma tímida - e é isso que o governo grego é - lhes faça frente é algo de inaceitável. O folhetim a que vimos assistindo e a que, certamente por piada, chamam negociação, só terá paralelo com as conferencias que sucederam ao final da I Grande Guerra e que culminaram no tratado de Versalhes. As exigências drásticas ai impostas à Al...

Vemo-nos gregos para pagar

O Manel dava voltas e mais voltas na cama, sem conseguir dormir. A Maria, impedida de dormir pelas voltas do marido pergunta-lhe: "Atão Manel, que se passa homem?", "Ai mulher, amanhã vence a letra de 500 contos ao vizinho Alberto e eu não tenho dinheiro para lhe pagar." "Ai, então é isso?", responde-lhe a Maria. "Pera ai que eu já resolvo o problema." A Maria levanta-se e, após alguns minutos, volta decidida: " Vá Manel, já podes dormir descansado!", "Então Maria??!!", "Olha fui bater à porta do vizinho e dizer-lhe que não tens dinheiro para lhe pagar, agora quem não dorme é ele!" Vale tudo para dobrar a escolha de um povo. A ameaça, a chantagem, a tentativa de suborno. Habituados a yes-men subservientes os DDTs europeus espumam de raiva com os resultados das eleições gregas. Para esta gente a democracia só é válida quando os povos votam de acordo com os seus desejos. Para a corte da Sra Merkel a verdadeira votação ...

De Frost a Seeger

Recentes citações de um amigo vieram recordar-me um autor que já não lia há coisa de três décadas: Robert Frost. Acudiu-me à memória um poema que me marcou, "On a Tree Fallen Across the Road", uma alegoria sobre as surpresas que a vida nos reserva e a nossa capacidade de as superar And yet she knows obstruction is in vain: We will not be put off the final goal We have it hidden in us to attain, Not though we have to seize earth by the pole E como os pensamentos são como as cerejas, o poema de Frost levou-me de imediato à canção de Pete Seeger que se tornou num dos hinos mais fortes do Movimento dos Direitos Civis nos Estados Unidos dos anos 60. Com a diferença - essencial! - de que aqui a mensagem já não é individual mas colectiva: "we shall overcome, some day"