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Mensagens

A mostrar mensagens de maio, 2007

O Regresso das Mesadas

Parece que afinal vou poder voltar a dar mesadas aos meus filhos! O Ministro das Finanças parece ter percebido a tempo que a insistência no propósito de obrigar qualquer pai a preencher um impresso e entregá-lo na RF mais próxima conjuntamente com o valor do IS respectivo de cada vez que desse umas notas aos rebentos, configurava uma situação algo aborrecida, para já não dizer irrealista. Vou ficar assim sem saber se os meus esquemas para contornar a lei seriam ou nºao claramente ilicitos. Exemplos: a) fazer uma vaquinha com a minha mulher e os meus sogros para cada um doarmos apenas 125 €. b) Efectuar hoje uma doação de 250€ e outra igual para a semana. c) por ai fora NOTA: Para o caso de algum colega dos meus filhos ( ou fiscal do IRS! ) ler isto, desde já declaro que a mesada por eles efectivamente auferida é manifestamente inferior a 500 €

Os números da greve

Não sei se a greve foi mais ou menos geral nem estou particularmente interessado no numero exacto. Gostaria apenas de saudar o bom senso da CGTP ao não avançar com os números habituais. Reconhecendo embora que se vai aplicar o velho aforismo do "preso por ter gato e preso por não ter", e que os comentadores do costume - os tais que sempre arengam contra os "números irreais" devidos ao "monolitismo totalitário" da Inter - vão agora expor aos nossos olhos desatentos que tal se deve a uma manifesta fraqueza da central sindical. Ao contrário do Governo que, depois de se ter desdobrado em vagas manobras intimidatórias (como na chumbada fichagem dos grevistas da AP), nos quer agora fazer crer que se tratou de mais um dia normal e que os únicos problemas foram causados por meio dúzia de comunas agitadores.
Há 81 anos, o golpe militar do 28 de Maio punha fim à experiência democrática mas também atabalhoada da Primerira República. Anunciava-se um novo Salvador da Pátria. Afinal o "salvador" havia de ser outro e vinha de Coimbra onde ensinava Finanças...

Sócrates e o centralismo democrático

A prática do PS, do seu governo e do seu primeiro-ministro José Sócrates, aproxima-se cada vez mais da prática mais ortodoxa do centralismo democrático. Na sua vertente mais centralista que democrática, e ao bom velho estilo PCP, as ideias e projectos são discutidas numa perspectiva exclusiva de cima para baixo. Os princípios são apresentados pelo líder e não são, no seu essencial, discutíveis pelos subordinados. Poderão, quando muito, ser alvo de crítica no que aos pormenores concerne. Assim é com a Ota, mas também com o TGV, as reformas da Saúde, da Educação, da Administração Pública, entre tantos outros. Postulada a solução, esta é apresentada como saída única, os adversários denunciados como contra-revolucionários - ou no caso, contra-reformadores -, as objecções identificados como incompreensões da genialidade subjacente. Por outro lado temos as denúncias de "desvios fraccionistas". Assim foi com Manuel Alegre, assim é com Helena Roseta, assim será com quem ousar levanta

Árbitros com Opiniões

E se Pedro Proença se lembrasse de dizer a um qualquer jornal desportivo que achava que o Sporting devia ganhar ao Belenenses porque a equipa estava em melhor forma?... Pois foi o que fez Monteiro Fernandes quando declarou ao semanário SOL que o que acha incompatível "é que se convoque uma greve sem se saber concrectamente o que vai mudar". Nada mau para alguém encarregue de arbitrar a questão dos serviços mínimos na mesma greve...

Maus pais de família

Aqui há um ano e tal atrás o STJ, em decisão que deu brado, decidiu que fechar crianças deficientes em quartos escuros, bem assim como aplicar-lhes umas "estaladas" era um comportamento normal de um "bom pai de família" e que não o fazer podia até configurar um caso de negligência. Agora o Comité Europeu dos Direitos Sociais do Conselho da Europa, certamente constituido apenas por "maus pais de família", considerou Portugal culpado de violar o direito das crianças à protecção, social, legal e económica. Atreve-se mesmo a sugerir que por cá não existem medidas para prevenir eficazmente a violência contra menores. Enfim, fez-se justiça!

A Ota para os otários (III)

Afinal a competição dentro do PS e arredores para o argumento mais incrível em favor da Ota, começou há mais de duas semanas com João Cravinho Segundo o Diário Económico O ex-ministro socialista João Cravinho afirmou hoje [7-Maio] que a construção do novo aeroporto para a região de Lisboa a Sul do Tejo permitiria "a realização de mais-valias de especulação imobiliária brutais" na Península de Setúbal. Obviamente que tal cenário é impensável na Ota!!! Technorati Tags: Ota

A Ota para os Otários (II)

Depois de Mário Lino e Almeida Santos, chega-nos agora notícia da intervenção de Vital Moreira Começa a tornar-se confrangedor a forma como os sectores próximos do Governo esgrimem argumentos esfarrapados ( para não dizer idiotas ) para defender a velha localização do novo aeroporto. "Uma coisa é a construção do aeroporto, outra coisa é a sua utilização durante décadas. Imaginem 20 milhões de pessoas a terem de pagar portagens à Lusoponte.", diz Vital Moreira, citado pelo " Público " E quanto pagarão esses mesmos milhões de seres nas portagens da Brisa? Ou nos comboios T(ranvias)GV?

A Ota é para os otários

Sinceramente nem sei como classificar as declarações de uma pessoa que até tenho em boa conta ( apesar de ser um ministro de Sócrates ) que classifica a Margem Sul como um sitio "onde não há gente, onde não há escolas, onde não há hospitais, onde não há cidades, nem indústria, comércio, hóteis e onde há questões da maior relevância que é necessário preservar". É disparate a mais para uma só tirada. Seria interessante saber a que se estava a referir o Sr. Ministro. Aquilo ali do outro lado não é Portugal? Como não restam dúvidas de que lá existe gente e comércio e indústria e cidades, só resta admitir que o nosso governo se prepare para suprir as outras faltas - escolas e hospitais - e resolver as outras questões, sejam elas quais forem, que importa preservar. O sr. ministro mais que insultar os povos de além Tejo, insultou a inteligência de todos nós. Quem insulta deve por isso pedir desculpa. Por mim, desde já o aviso que, como Director Geral de Educação da minha casa, lhe

Stallone vs. Margarida Moreira

Em Demolition Man, Stallone encarna um policia duro que é descongelado num futuro próximo. Sociedade politicamente correcta em que nem os policias, quanto mais os professores, estão autorizados a pronunciar insultos. Para os prevaricadores existem mesmo umas ubíquas maquinetas que distribuem automaticamente multas a quem pronunciar obscenidades. Uma ideia a ter em conta para instalar nas escolas e repartições publicas deste país...